BARAÚNA - Os servidores da área de Educação deste município cruzam os braços durante todo o dia desta sexta-feira, 17, em protesto contra o que eles chamam de "falta de atenção" e o não-cumprimento de compromissos por parte do governo municipal com a qualidade do ensino. A decisão foi tomada pela categoria durante assembléia realizada na noite de quarta-feira, 15, na sede do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Baraúna. "Nós vamos realizar nesta sexta-feira a primeira Parada Programada, que tem como objetivos engrossar a luta pela valorização do servidor da educação e cobrar do governo municipal melhores condições de trabalho, a realização de uma reforma no Plano de Cargos e Salários e ainda o pagamento do piso nacional de salários, que é uma lei federal", disse Agenil Felipe, presidente da entidade. Ainda de acordo com o líder classista, outras três paradas já estão agendadas para os dias 23 e 24 de abril e 28, 29 e 30 deste mesmo mês. Segundo Agenil Felipe, desde o mês de fevereiro deste ano que o sindicato entregou ao secretário de Educação do município uma pauta com propostas para a área de Educação. "Neste rol de propostas consta, além da cobrança do reajuste de salários, o investimento em estrutura das escolas", informou. Ele diz que à esta altura do ano letivo, a classe estudantil padece com a falta de carteiras nas salas de aula e algumas delas ainda estão sem diretores. "O secretário foi convidado para assistir a assembléia, teve direito a falar e oportunamente pediu um prazo até o fim do mês para que ele pudesse analisar as propostas. No entanto, a nossa categoria não aceitou esperar, visto que desde fevereiro este documento está com ele e nada foi feito até agora. Vale salientar que se antes das novas paradas programadas eles tiverem adotado algum tipo de providência para o problemas, as paralisações deixarão de acontecer", alertou. Em relação à denúncia de problemas nas escolas, Marcos Antônio, secretário de Educação do município, disse ter adquirido recentemente 500 novas carteiras e outras 200 foram encaminhadas para serem reformadas. Em relação à falta de diretores nos colégios, ele disse que em apenas uma escola está faltando um vice-diretor. "E esse nome nós estamos escolhendo tomando como base uma série de critérios que vão de encontro à melhoria do ensino. Por outro lado, nós recebemos a Prefeitura há pouco mais de dois anos e completamente sucateada", concluiu.Secretário diz que propostas serão analisadas este mês "O prefeito Aldivon Nascimento já tem conhecimento destas propostas para a Educação no município e tem manifestado a boa vontade de sentar à mesa de negociações. Queremos adiantar que até o fim deste mês tudo estará solucionado", disse professor Marcos Antônio, secretário de Educação do município de Baraúna. Em contato por telefone com equipe de reportagem, ele disse não acreditar numa parada geral da classe. "Nós vamos procurar manter entre 60% e 70% dos servidores em seus locais de trabalho. A parada não vai causar prejuízos aos estudantes", previu.Para o secretário Marcos Antônio, a atual crise financeira, que diminuiu de forma drástica o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), tem sido um dos problemas graves que as prefeituras têm enfrentado, quando se relaciona a investimentos. Segundo ele, em Baraúna a situação não difere dos demais municípios brasileiros e existe uma grande expectativa com o que possa vir a acontecer nos próximos dias, quando o Governo Federal deverá injetar recursos financeiros nos cofres públicos. "Nós trabalhamos com recursos do Fundeb, que também sofreram quedas drásticas em seus repasses. O prefeito Aldivon Nascimento não está alheio à situação e espera ver esse problema superado", disse. Quando ao pagamento do piso nacional de salários, ele diz que se é uma lei ela tem que ser cumprida e a sua administração vai lutar por recursos para o cumprimento destes compromissos. "O plano de cargos e salários também deverá passar por uma ampla nos próximos dias", finalizou.