A greve dos professores da rede estadual de ensino, que já dura um mês e está impossibilitando o início do semestre letivo, está preocupando os deputados estaduais e todos que falaram no Grande Expediente da sessão de hoje, manifestaram essa preocupação. O primeiro a falar foi o deputado Nélter Queiroz – PMDB. Ele reconheceu a legitimidade do movimento, mas disse que é preciso que se encontre uma solução para que os estudantes não sejam mais prejudicados. O parlamentar disse que é muito demorada a tramitação de processos de aposentadoria, um ponto incluído na pauta de reivindicação dos educadores e tem constatado isso tanto nas reclamações que recebe nos municípios como nas visitas à secretaria de Educação.“Na tramitação normal, um professor leva três anos para se aposentar, porque os processos se arrastam pela falta de assessores jurídicos. Falta até computadores na assessoria jurídica”, afirmou. Nélter recebeu apartes de Fernando Mineiro – PT e Álvaro Dias – PDT, que depois também ocuparam o Grande Expediente para falar sobre a greve. Mineiro disse que é preciso haver a intermediação.“O que não pode haver é radicalização com o corte do ponto dos educadores. Essa não é uma solução”, disse. Álvaro Dias também é de opinião que a solução só pode sair com um diálogo entre os professores e o governo do Estado. O deputado Luiz Almir – PSDB disse que os estudantes estão sem aulas há quatro meses e as escolas estão abandonadas. “Para onde vão os filhos das famílias pobres? Cabe a esta Casa buscar uma solução para esse problema. Se o nosso ensino já é ruim, onde é que nós vamos parar. Vamos para o livro dos recordes? Questionou o deputado.