A Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou ontem o início do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, com investimentos de R$ 60 bilhões até 2011, dos quais R$ 15 bilhões deverão ser aplicados em 2009, e que deve gerar 3,5 milhões de empregos formais nos próximos três anos. O programa, no entanto, ainda não começou para as famílias de 0 a 3 salários mínimos. Estes deverão se cadastrar em municípios, Estados e movimentos sociais. De início serão beneficiadas famílias com renda de 3 até 10 salários mínimos. O objetivo do banco é a construção de um milhão de moradias.Dos 15 bilhões que serão aplicados em 2009, R$ 4 bilhões serão destinados para a faixa de 0 a 3 salários mínimos, R$ 5,7 bilhões para 3 a 6 salários mínimos, R$ 4 bilhões na faixa de 6 a 10 salários mínimos e ainda R$ 1,2 bilhões para infraestrutura Para 2010, a projeção do banco público é destinar outros R$ 30 bilhões e, em 2011, os outros R$ 15 bilhões.O vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, afirmou que ainda neste mês de abril poderão ser assinados os primeiros contratos para construção de projetos habitacionais destinados às famílias com renda de 0 a 3 salários mínimos. Para isso, a CEF considera que alguns projetos habitacionais que já encontram hoje em análise poderão ser “adaptados” às regras do programa. Hereda estimou entre esses projetos já existentes podem atender a construção de “40 mil a 50 mil unidades”. “São projetos de construtoras para um público próximo ao do programa e que podem ser adaptados”, comentou.Se isso se confirmar, Hereda afirmou que a partir do ano que vem as primeiras unidades habitacionais poderão começar a ser destinadas às famílias de menor renda já que, a partir da assinatura dos contratos com a CEF, as construtoras terão prazo de 12 meses para a construção das residências.Para essa faixa do programa (de zero a três salários mínimos), a Caixa começou ontem a assinar os termos de adesão de prefeituras, Estados e movimentos sociais ao programa. Em parceria com essas entidades, a Caixa fará o cadastramento das famílias que poderão receber as casas no futuro. Segundo Hereda, as famílias nessa faixa de renda receberão em breve todas as informações sobre onde deverão se cadastrar que, possivelmente, serão em locais definidos pelas prefeituras.Contando com os recursos do programa, a CEF espera aplicar um total de R$ 27 bilhões em financiamentos habitacionais em 2009. Até o dia 31 de março, a CEF já havia emprestado R$ 7 bilhões, o suficiente para beneficiar mais de 645 mil pessoas em todo o País. Construtoras podem apresentar projetos à CEFSão Paulo - Com o início do programa, as construtoras e os movimentos sociais interessados em apresentar projetos já podem, a parir de hoje, entregar as propostas nas 78 superintendências regionais da CEF. O cadastramento para pessoas físicas com renda mensal de zero a três salários mínimos será realizado pelos Estados e municípios e as datas e os locais serão divulgados regionalmente e as inscrições são gratuitas.As pessoas interessadas em comprar uma casa como os benefícios podem fazer a simulação em um link especial no site do banco (http://www.caixa.gov.br/). No portal há ainda cartilhas com todas as informações do programa.Segundo o banco, já está disponível aos Estados e municípios o termo de adesão ao Programa “Minha Casa, Minha Vida”. O banco também fornece o modelo de instrução de doação de terreno às prefeituras.