quinta-feira, 12 de março de 2009

Sinte rebate afirmações do secretário de Educação do RN

Indignado com as afirmações do secretário estadual de Educação, Ruy Pereira, que considerou a greve dos professores "insensível e despreocupada", o coordenador do Sinte, Aldeirton Pereira responde às críticas do secretário. Para Aldeirton, as considerações feitas por Ruy Pereira escondem as deficiências pelas quais a educação do Estado atravessa. "O secretário através dessa entrevista está mascarando os problemas que a educação vive hoje. Ele está tentando colocar a opinião pública contra a nossa categoria", desabafa Aldeirton, acrescentando que as condições atuais da educação pública no Estado são preocupantes."Nas escolas faltam professores e funcionários. Bibliotecas fechadas e salas de vídeo foram fechadas, escolas estão fechando, os professores estão desmotivados a trabalharem por causa da desvalorização salarial. Enfim, a educação passa por muitos problemas não por causa dos professores, mas em função do Governo que deixa a educação em último plano", conta.A paralisação dos professores da rede estadual de ensino chega ao 12º dia. Em todo o Estado cerca de 33 mil alunos da rede pública estadual estão sem aulas.Na última assembléia entre a categoria e o Governo do Estado, foram apontadas pelos professores avanço nas negociações. Entre a proposta apresentada pelo Governo, está a de promover a partir do mês de abril, a atualização de todas as promoções horizontais e verticais referentes às letras (níveis) das categorias. Apesar do passo a frente, segundo o coordenador do Sinte, a proposta não foi suficiente para atender os anseios da categoria. "A proposta do Governo não é suficiente para recuarmos. Continuaremos na luta para melhorar as propostas. Por isso, a greve continua", enfatiza Aldeirton.Na pauta de reivindicações dos professores estão as seguintes exigências: pagamento do piso salarial nacional de forma integral, sem contar com as gratificações, atualização e pagamento das letras dos professores e promoção vertical de acordo com titulação atual, reajuste salarial que não e concedido à categoria há três anos e Plano de Cargo, Carreira e Salário para funcionários das escolas.



Gazeta do Oeste