quarta-feira, 18 de março de 2009

Bom dia. Vamos meditar.

Conta-se que um amigo levou um índio para passear no centro de São Paulo. Seus olhos não conseguiam acreditar na altura dos edifícios e ele mal conseguia acompanhar o ritmo frenético das pessoas indo e vindo.Espantava-se com o barulho ensurdecedor das sirenes, dos automóveis, das pessoas falando em voz alta. De repente, o índio falou: "Ouço um grilo!"O amigo espantado retrucou: "Impossível ouvir um inseto tão pequeno nessa confusão!"O índio insistiu que ouvia o cantar de um grilo. Tomando o seu cicerone pela mão, levou-o até um canteiro de plantas. Afastando as folhas, apontou para o pequeno inseto."Como?" Perguntou o amigo, ainda sem crer.O índio pediu-lhe algumas moedas, e então jogou-as na calçada. Quando elas caíram e se ouviu o tilintar do metal, muita gente se voltou."Escutei o grilo porque o meu ouvido está acostumado com este tipo de barulho. As pessoas aqui ouvem o dinheiro caindo no chão porque foram condicionados a reagirem a esse tipo de estímulo." Depois arrematou: "A gente ouve o que está acostumado ou treinado a ouvir."
Vivemos em um mundo materialista. A vida nos impõem que sejamos muitas vezes duros. Acabamos nos tornando céticos. A voz de Deus não é ouvida senão por aqueles que tem o ouvido sensível. Muitas vezes a correria da vida e as agitações da nossa alma inquieta não nos permitem perceber o Divino.
Treinamos os nossos sentidos para reagir apenas aos impulsos da sobrevivência, mas há realidades que só se percebem com o espírito. Aqueles que aquietam o coração e se deixam tocar pelo Eterno, escutam o sussurro de Deus. Desejo que todos consigamos, apesar do tumulto que nos cerca, escutar o sussurro de Deus.
Fonte: Irani Benício