terça-feira, 10 de março de 2009

Professores da rede estadual também continuam em greve

Por unanimidade, os professores da rede pública estadual de ensino decidiram ontem, em assembleia, continuar a greve que teve início no dia 2 deste mês. A exemplo da rede municipal, os profissionais cobram a adoção do piso salarial nacional de R$ 950.
Para juntar força na luta pelo Piso Salarial Nacional, os professores estaduais fizeram uma caminhada do Serviço Social da Indústria (Sesi) até o Palácio da Resistência, onde estavam os professores do município. A ideia era fortalecer o movimento dos docentes tanto a nível municipal quanto estadual.
Conforme o coordenador de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Site), Rômulo Arnould, no último encontro com o comando de greve, o secretário estadual da educação, Ruy Pereira, apresentou a proposta de fazer o escalamento do nível médio e superior.
Esse plano divide os professores em níveis de qualificações e oferece benefícios proporcionais ao tempo de serviço. No entanto, a categoria rejeitou a proposta uma vez que os professores com pouco tempo de serviço não seriam beneficiados.
Além da implantação do piso, os professores também querem o pagamento de valores atrasados relativos às promoções salariais, a incorporação de gratificações, a realização de concurso público, o incentivo à formação docente e a implantação de um plano de carreira dos funcionários.
Para o Coordenador Regional do Sinte, Aldeirton Pereira, apesar dos avanços nas negociações, as propostas apresentadas ainda não foram suficiente para pôr fim à greve. "A questão do piso não avançou. O governo não paga o piso e nem o plano de cargos e carreira", afirma. E complementa , "isso é uma situação muito constrangedora e difícil para a categoria. Mas, o movimento é forte e tende a se fortalecer ainda mais. Por isso, acredito que vamos sair vitoriosos".