ALEXANDRIA - Não foi o que o sindicato queria, mas os professores que compareceram ao Plenário da Câmara Municipal de Alexandria preferiram garantir os salários de fevereiro no bolso.Antes de a sessão ser iniciada, o presidente do Sindicato dos Servidores de Alexandria (SINDALE), Ferreira Júnior, o secretário de Educação Washington Barbosa e os vereadores se reuniram para discutir o projeto. A conclusão final foi a garantia dos salários dos professores. O Projeto de Lei 314, que altera a Tabela I, do Anexo I, da Lei Municipal nº 801, de 28 de setembro de 2001, foi posto em discussão e votação.O vereador Carlinhos Sarmento disse que a matéria em discussão era uma "sinuca de bico". Não poderia se abster de votar porque considerava uma covardia se votasse favorável prejudicava os inativos - devido o abono - e se votasse contra, os professores poderiam não receber os salários de fevereiro. Pediu que constasse em ata que era contra o abono, mas que votaria favorável ao projeto.A vereadora Corrinha do PT disse que estava votando o projeto com estremo pesar porque os professores precisavam receber. A vereadora não concordou com o abono dos inativos e se comprometeu para marcar uma reunião com os professores para quando o prefeito Alberto Patrício retornar de viagem.O projeto foi posto em votação e aprovado por unanimidade, exceto o vereador Gil Fábio, que se encontra na Capital do Estado.Em seguida foi posto em votação o Projeto de Lei 315, que dispõe sobre a concessão de abono salarial aos profissionais do magistério. Não houve discussão ao projeto e a exemplo do anterior foi aprovado por unanimidade. No espaço reservado para os vereadores, Germano Júnior disse que a Câmara Municipal havia recuperado a sua boa imagem e que a população poderia confiar nos atuais vereadores. Enalteceu os professores e disse que a categoria poderia confiar e contar com a casa. Para o presidente do Sindale, Ferreira Júnior, a aprovação do projeto não correspondeu ao que o sindicato queria. Mesmo assim disse que não ia se manifestar, porque foi uma decisão da categoria. Para Ferreira Júnior, o ponto polêmico da matéria é o abono para os aposentados, que segundo ele os mesmos não têm direito ao abono porque o salário é fixo e o abono é uma gratificação que se pode perder a qualquer momento e tira a oportunidade dos aposentados receberem esse piso salarial.Para o secretário de Educação, Washington Barbosa, o projeto correspondeu em parte. Reconheceu que o abono beneficia os professores na ativa, mas prejudica os inativos. Mas o secretário acha que existe uma forma do Governo Municipal rever e repor essas perdas.
Gazeta do Oeste