Apodi – O presidente da Câmara, João Evangelista, e o secretário de Saúde, Ivanildo Lima, assumiram as negociações para tentar evitar a perda de R$ 1,3 milhão enviado pelo Governo Federal e o fechamento da Maternidade Claudina Pinto, da APAMIM, em Apodi.Os recursos do Orçamento Geral da União foram alocados ano passado com a assinatura do ex-prefeito José Pinheiro. Para que a prefeita Gorete Pinto recebesse os recursos neste ano, no entanto, é preciso que José Pinheiro assine a liberação dos recursos na Caixa.Pinheiro, que comanda a administração da Maternidade, disse que não assinaria a liberação dos recursos na Caixa Econômica enquanto a prefeita Gorete Pinto não assinasse o convênio de R$ 55 mil para complementar o custeio de manutenção da Maternidade.Por outro lado, a prefeita Gorete Pinto disse que não tinha como assinar convênio para manter a maternidade funcionando, pois o comandante da instituição (José Pinheiro) não apresentou a documentação exigida por Lei para se concretizar um convênio entre duas entidades públicas.Estava formado o impasse político. Nem José Pinheiro se mostrava disposto a assinar os documentos para Gorete receber R$ 1,3 milhão do Governo Federal através da Caixa para investir em obras importantes do município e nem Gorete Pinto assinava o convênio da maternidade.Preocupado com o quadro, o presidente da Câmara, João Evangelista, tentou, inicialmente, um diálogo com Pinheiro e com Gorete Pinto. Porém, não avançou nas negociações. Os dois lados não cederam. Nesta semana, Evangelista conseguiu um forte aliado: o secretário de Saúde Ivanildo Lima.Na primeira reunião, Ivanildo Lima explicou as questões legais necessárias para que o convênio da maternidade fosse assinado. Mostrou também que as intenções da Prefeitura é manter a maternidade funcionando e, inclusive, com previsão de investimento na estrutura.Porém destacou que para a Prefeitura investir na maternidade, é necessário que a instituição esteja toda legalizada. “O primeiro passo é realizar uma Assembleia Geral com todos os sócios da APAMIM no município e eleger um presidente para administrar a entidade”, diz Ivanildo.João Evangelista disse que ainda nesta semana convoca a Assembleia Geral e providencia os documentos exigidos pelo Executivo. Evangelista disse que Pinheiro aguarda só o sinal positivo de que o convênio da maternidade vai sair para assinar a liberação de recursos federais na Caixa.“Acredito que ele vai assinar, porque agora já temos o caminho para manter a maternidade funcionando”, diz Evangelista. “A Prefeitura, em nenhum momento, pensou em fechar a maternidade. Apenas queremos o convênio conforme prevê a legislação”, diz Ivanildo Lima.ImportanteA Maternidade Claudina Pinto foi instituída em Apodi há cerca de 50 anos, sendo que há 38 anos está sobre o controle da família de José Pinheiro. Atualmente tem cerca de 40 servidores, entre médicos, enfermeiros e ASGs. Por mês, faz algo em torno de 70 partos. Segundo José Pinheiro, a entidade atende as mulheres de várias cidades da região.
Fonte: Jornal de Fato