O mundo procura um avião. O modelo Airbus A330-200 (prefixo F-GZCP), da companhia Air France, partiu do Rio de Janeiro na noite do último domingo e deveria ter pousado em Paris, na França, no final da manhã de ontem. Mas a aeronave, que fazia o voo de código AF 447, deixou de ser captada por radares pouco tempo depois de se afastar da área espacial abrangida pelos controladores brasileiros e antes mesmo de chegar ao espaço aéreo sob domínio senegalês, na África. A bordo, estavam 216 passageiros e 12 tripulantes. O governo brasileiro, com apoio de países europeus, americanos e africanos, traçou uma operação para tentar encontrar possíveis destroços ou vítimas em algum ponto do Oceano Atlântico. Em terra, parentes viveram o desespero de buscar informações em balcões da empresa aérea, tanto no Rio quanto em Paris. As buscas entraram pela madrugada. Se confirmado, o acidente será o primeiro com o modelo e pode ter sido o maior na aviação desde o ano de 2004. O mais grave foi registrado em 1977, quando 583 pessoasmorreram em colisão entre um avião da Pan American e da holandesa KLM, em Tenerife.
Foi registrada pane elétrica durante o vooA Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) comunicou que havia 58 brasileiros no voo - seis com dupla nacionalidade. Apenas um entre os tripulantes. Descendentes da família real brasileira confirmaram que Pedro Luís de Orleans de Bragança, 26 anos, quarto na linha sucessória do trono e filho do príncipe Dom Antônio, havia embarcado no voo desaparecido. O chefe de gabinete do da Prefeitura do Rio, Marcelo Parente, o presidente da multinacional francesa de Pneus Michelin, Luís Roberto Anastácio, e o diretor de informática da empresa, Antônio Gueiros, também tinham entrado na aeronave. (veja lista no gráfico). A maioria dos integrantes do avião é composta por franceses (61). A relação inclui, no entanto, pessoas de 32 nacionalidades diferentes. A listagem de passageiros contempla: um bebê, sete crianças, 82 mulheres e 126 homens.CausasA investigação sobre o incidente seria conduzida pelo Brasil, uma vez que o país foi o últimoa manter contato com a aeronave. As autoridades ainda não sabem, contudo, qual a razão para o avião ter sumido dos radares - justamente em um "ponto cego" para rastreamento entre os continentes africanos e americano. Suspeita-se de uma queda em alto-mar depois de ele ter enfrentado uma turbulência capaz de provocar uma pane elétrica. A hipótese foi considerada a partir dos encadeamento de fatos que antecederam a interrupção no diálogo com a terra. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), A última comunicação ocorreu às 22h33. Nela, os pilotos informam que entrarão em espaço aéreo senegalês em 40 minutos. Quinze minutos após enviar a informação, o Airbus voava a 11 quilômetros de altitude e uma velocidade de 840 quilômetros por hora - ritmo considerado normal.Às 23h14, no entanto, a Air France diz que a aeronave emitiu uma mensagem automática acusando que passava por uma pane no circuito elétrico e sofria perda de pressão. Nesse instante, sobrevoaria trecho perto de Fernando de Noronha. Nos seis minutosseguintes, não fez contato com o Cindacta III, como previsto, para anunciar que entraria na região sob controle do Senegal. Especialistas aventaram a possibilidade de o avião ter sido atingido por um raio durante tempestade sobre o mar. O percurso até a Europa atravessa uma Zona de Convergência Intertropical, que causa chuvas e instabilidade. Uma provável descarga, seguida de turbulência, teria sido suficiente para pôr em xeque circuito do avião. A suspeita, no entanto, é contestada. O coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférca (Elat), do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), Osmar Pinto Júnior considerou a chance de "um em um milhão" um raio sair do topo da nuvem e atingir o avião - uma vez que ele voa acima das formações meteorológica. Ele diz que, nos últimos anos, praticamente inexistem registros de que uma aeronave tenha caído em virtude de uma descarga elétrica. Para o piloto - há 40 anos - e escritor Ivan Sant'anna, há três razões possíveis para o sumiço do avião: pane estrutural, incêndio ouexplosão. "Se fosse pousar, ele teria feito à noite, no escuro, mau tempo e num mar nada calmo", frisou. As dúvidas só serão dirimidas se a caixa-preta do Airbus for encontrada.
Foi registrada pane elétrica durante o vooA Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) comunicou que havia 58 brasileiros no voo - seis com dupla nacionalidade. Apenas um entre os tripulantes. Descendentes da família real brasileira confirmaram que Pedro Luís de Orleans de Bragança, 26 anos, quarto na linha sucessória do trono e filho do príncipe Dom Antônio, havia embarcado no voo desaparecido. O chefe de gabinete do da Prefeitura do Rio, Marcelo Parente, o presidente da multinacional francesa de Pneus Michelin, Luís Roberto Anastácio, e o diretor de informática da empresa, Antônio Gueiros, também tinham entrado na aeronave. (veja lista no gráfico). A maioria dos integrantes do avião é composta por franceses (61). A relação inclui, no entanto, pessoas de 32 nacionalidades diferentes. A listagem de passageiros contempla: um bebê, sete crianças, 82 mulheres e 126 homens.CausasA investigação sobre o incidente seria conduzida pelo Brasil, uma vez que o país foi o últimoa manter contato com a aeronave. As autoridades ainda não sabem, contudo, qual a razão para o avião ter sumido dos radares - justamente em um "ponto cego" para rastreamento entre os continentes africanos e americano. Suspeita-se de uma queda em alto-mar depois de ele ter enfrentado uma turbulência capaz de provocar uma pane elétrica. A hipótese foi considerada a partir dos encadeamento de fatos que antecederam a interrupção no diálogo com a terra. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), A última comunicação ocorreu às 22h33. Nela, os pilotos informam que entrarão em espaço aéreo senegalês em 40 minutos. Quinze minutos após enviar a informação, o Airbus voava a 11 quilômetros de altitude e uma velocidade de 840 quilômetros por hora - ritmo considerado normal.Às 23h14, no entanto, a Air France diz que a aeronave emitiu uma mensagem automática acusando que passava por uma pane no circuito elétrico e sofria perda de pressão. Nesse instante, sobrevoaria trecho perto de Fernando de Noronha. Nos seis minutosseguintes, não fez contato com o Cindacta III, como previsto, para anunciar que entraria na região sob controle do Senegal. Especialistas aventaram a possibilidade de o avião ter sido atingido por um raio durante tempestade sobre o mar. O percurso até a Europa atravessa uma Zona de Convergência Intertropical, que causa chuvas e instabilidade. Uma provável descarga, seguida de turbulência, teria sido suficiente para pôr em xeque circuito do avião. A suspeita, no entanto, é contestada. O coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférca (Elat), do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), Osmar Pinto Júnior considerou a chance de "um em um milhão" um raio sair do topo da nuvem e atingir o avião - uma vez que ele voa acima das formações meteorológica. Ele diz que, nos últimos anos, praticamente inexistem registros de que uma aeronave tenha caído em virtude de uma descarga elétrica. Para o piloto - há 40 anos - e escritor Ivan Sant'anna, há três razões possíveis para o sumiço do avião: pane estrutural, incêndio ouexplosão. "Se fosse pousar, ele teria feito à noite, no escuro, mau tempo e num mar nada calmo", frisou. As dúvidas só serão dirimidas se a caixa-preta do Airbus for encontrada.