segunda-feira, 1 de junho de 2009

Lula volta ao patamar recorde de aprovação

Brasília (AE) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomou o patamar recorde de aprovação que tinha antes de a crise econômica mundial aportar no Brasil, mostra pesquisa do Instituto Datafolha, publicada ontem no jornal Folha de S. Paulo. O governo é avaliado como ótimo ou bom por 69% dos brasileiros. Para 24% a gestão é regular e, para 6%, ruim ou péssima. O Datafolha indica ainda que a possibilidade de o presidente tentar um terceiro mandato tem a rejeição de 49% das pessoas e o apoio de 47%. A candidatura exigiria a aprovação de uma emenda no Congresso.Em novembro de 2008, o presidente obteve 70% de aprovação popular. O índice cai para 65% em março de 2009, acompanhando o temor da crise. Na última pesquisa, além de recuperar o índice de aprovação de novembro, o petista retomou a nota média mais alta que já teve, 7,6. A pesquisa aponta que a popularidade de Lula aumentou cinco pontos porcentuais entre os entrevistados com renda familiar mensal de até dez salários mínimos e diminuiu sete pontos entre os que ganham mais do que esse valor.A popularidade deu impulso à hipótese de o presidente concorrer a uma nova reeleição nas eleições de 2010. O cenário, hoje dividido praticamente meio a meio, era diferente em novembro de 2007. Na época, 65% rejeitavam a possibilidade do terceiro mandato e 31% apoiavam.O Datafolha aponta ainda que, caso resolvesse se candidatar, Lula seria reeleito em primeiro turno, com 47% dos votos. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ficaria com 25% do eleitorado. Sem o terceiro mandato, o tucano lidera todos os cenários da disputa. O levantamento foi feito entre 26 e 28 de maio, com base em 5.129 entrevistas em 203 municípios de 25 Estados. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
DoençaO Datafolha apurou ainda que 81% dos entrevistados consideram que Dilma agiu certo ao revelar seu tratamento contra um câncer linfático. Apenas 8% condenaram a atitude dela. O porcentual de intenção de voto na ministra, aliás, é mais alto entre os eleitores que dizem ter conhecimento a respeito da situação de saúde da petista. Eles são 65% do total de entrevistados. Entre esse grupo, 22% votariam em Dilma e 35%, em Serra. Na média nacional, 16% preferem a ministra e 38%, o governador paulista.Mesmo assim, a maioria (45%) dos entrevistados consideram boa saúde um quesito “muito importante” para definir o voto. Outros 34% consideram a questão “nada importante”. Dezenove por cento acham o tema “pouco importante”. Dilma revelou, no fim de abril, que havia retirado um linfoma e teria de se submeter a sessões de quimioterapia. Diferença cai, mas Serra tem liderança folgadaSão Paulo (AE) - A distância entre a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), nas pesquisas eleitorais caiu oito pontos desde março, indica levantamento do Instituto Datafolha. A pesquisa de intenção de voto para presidente no pleito de 2010 mostra Serra com 38% do eleitorado, Dilma com 16%, Ciro Gomes (PSB) com 15% e Heloísa Helena (PSOL) com 10%. Na comparação com a pesquisa de março, Dilma subiu cinco pontos porcentuais e Serra caiu três. Na época, a distância entre os dois presidenciáveis era de 30 pontos. Agora, caiu para 22 pontos. A preferência pela petista cresce à medida que a população conhece seu nome. Se em março 53% dos eleitores se disseram familiarizados com Dilma, na última pesquisa, 65% conheciam a ministra. O índice de conhecimento da petista é superior ao do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (61%), que disputa com Serra a indicação do PSDB.O governador paulista, aliás, segue como mais forte representante tucano para a disputa. No cenário em que aparece como candidato do PSDB, Aécio fica na quarta posição, com 14% dos votos, tecnicamente empatado com Heloísa Helena (15%). Com esse quadro, Dilma teria 19% do eleitorado. Caso Serra e Aécio resolvessem disputar as eleições, o paulista lideraria, com 35% dos votos, enquanto o mineiro ficaria na última posição, com 9%. Dilma e Ciro ficariam com 14% cada e Heloísa Helena, com 10%.Num outro cenário, sem a presença de Serra, mas com a candidatura tucana de Aécio Neves, a disputa ficaria num patamar liderado pelo ex-ministro Ciro Gomes, com Dilma, Heloisa e Aécio empatados tecnicamente. Caso a tese do terceiro mandato vingasse, Lula já sairiam com 47% .