A geração de empregos no Rio Grande do Norte em 2008 foi a menor dos últimos cinco anos. Embora tenha registrado um crescimento de 4,36% na geração de postos de trabalho no ano passado, com um saldo positivo de 13.531 empregos formais, este foi o pior desempenho do estado desde 2004. Foram 161.965 admissões contra 148.434 desligamentos no total. Mesmo com o incremento, o RN ficou abaixo das médias brasileira e nordestina, que foram de 5,01% e 4,82%, respectivamente, e ficou em sexto lugar no ranking do Nordeste, atrás de Maranhão, Pernambuco, Piauí, Ceará e Sergipe. Conforme mostra o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego, em 2004 havia um saldo de 17.992 postos de trabalho. Em 2005, esse índice subiu um pouco e alcançou 18.396 postos com carteira assinada. A curva de queda se iniciou em 2006, quando 15.341 empregos foram criados e em 2007 caiu ainda mais, para 15.004 trabalhos formais. No ano passado, apesar do crescimento, a comparação com 2007 mostra que o ano de 2008 registrou 1.473 postos de trabalho a menos, o que contribuiu ainda mais para que se tornasse o pior desempenho do estado desde 2004. Na análise do mês de dezembro, o Rio Grande do Norte fechou o mês com queda de 1,32% na geração de empregos, o que significou um saldo negativo de 4.403 demissões. A redução nas oportunidades de trabalho foi maior do que a registrada na região Nordeste, que foi de -1,09%, mas ainda conseguiu ficar abaixo da média nacional, que foi de -2,08%. O estado teve a segunda maior queda na geração de emprego de todo o Nordeste, ficando atrás apenas do Maranhão, que teve um saldo negativo de -1,90% em dezembro do ano passado. A queda no desempenho do mês de dezembro é atribuída às razões sazonais que marcam a série do Caged, como entressafra agrícola, férias escolares, período de chuvas e esgotamento da bolha de consumo gerada no final do ano, assim como à crise financeira internacional. O setor da construção civil se destacou como o que mais demitiu em dezembro: foram 1.266 admissões contra 2.926 desligamentos, gerando um saldo negativo de 1.660 demissões. Em seguida aparece a indústria de transformação, que gerou 1.085 empregos, mas demitiu 2.191 pessoas e terminou o ano com queda de 1.106 postos de trabalho. Na análise anual, onde foi registrado o incremento, os setores com maior saldo na geração de emprego foram o de serviços (com 7.042 postos), comércio (3.828) e construção civil (3.015). Já a agropecuária, a administração pública e a indústria extrativa mineral fecharam o ano com saldo negativo de -2.750, -101 e -146 empregos formais, respectivamente. No caso do Brasil, o índice registrado em dezembro de 2008 foi o pior desde 1999, quando foi iniciada a série histórica do Caged. Segundo os dados do Ministério do Trabalho, foram fechados 654.946 postos de trabalho, gerando uma queda de -2,08%. Desde então, o pior desempenho era o de dezembro de 2004, ano em que houve o fechamento de 352 mil vagas formais de trabalho. No balanço de 2008, foram criadas 1,452 milhão de vagas, resultado 5,01% maior do que o registrado no ano anterior.