terça-feira, 26 de maio de 2009

RECEITA FEDERAL

Com salários de R$ 13 mil, natalenses iniciam corrida para a Receita
Os salários chegam a R$ 13 mil em um dos concursos mais esperados do ano para nível superior: a Receita Federal do Brasil (RFB) irá disponibilizar um total de 1.150 vagas para os cargos de auditor fiscal (450 vagas) e analista tributário (700 vagas). A instituição está autorizada, desde o fim de março, a realizar o concurso, cujo edital ainda não foi lançado. Apesar disso, diversos cursinhos preparatórios da cidade já dispõem de turmas específicas para essa área. A antecipação dos alunos na preparação para as provas é justificada. O concurso da Receita é considerado um dos mais difíceis no âmbito federal e, com tantos atrativos, promete ser um dos mais visados por candidatos de todo país. Os cursos preparatórios já iniciados em Natal têm duração de seis meses. "Não adianta o candidato começar a estudar apenas quando sai o edital, pois os concorrentes se preparam muito", afirma Jussiara Oliveira, gerente de marketing e monitoria de um curso preparatório. De acordo com Alexsandro Weyand, coordenador de outro preparatório, "essa prova é diferenciada pois exige ponto de corte em cada disciplina. O desafio já começa daí. Não adianta o candidato ser muito bom em uma disciplina, se ele não mantiver uma regularidade nas demais". Ele aponta que o candidato com a melhor nota do último concurso só foi aprovado porque houve a anulação de uma questão de economia. "Se isso não ocorresse, ele não teria passado no ponto de corte". A seleção, organizada pela Escola de Administração Fazendária (Esaf), é conhecida por ter um longo rol de matérias e questões que exigem conhecimento profundo sobre os assuntos cobrados, sendo bastante elaborada. Seguindo a lógica do último concurso, a prova será composta de 180 questões de múltipla escolha, de conhecimentos gerais e específicos, dividida em três momentos. As provas de auditor e analista deverão ser realizadas com um intervalo de 45 dias, possibilitando ao candidato participar dos dois processos seletivos. Alexsandro afirma que, "com exceção dos concursos da magistratura, considero esse o mais difícil. Os aprovados geralmente conseguem um desempenho entre 75% a 78% de acerto. A Esaf praticamente elabora a prova para que o aluno não a termine", comenta. Estudo deve ser adiantado Pelo grau de dificuldade das provas, os futuros analistas tributários e auditores fiscais devem começar a estudar o quanto antes.Com esse objetivo, a contadora Maria da Guia Medeiros, 24 anos, saiu de Currais Novos para Natal com o intuito de se preparar para o concurso da Receita Federal. "Comecei a estudar com intensidade em outubro do ano passado. Desde 2004 decidi que queria fazer esse concurso". Com a rotina de estudos apertada pelo trabalho, ela procura se dedicar ao máximo às horas no cursinho. Questionada se vê como vantagem o fato de ser contadora, num concurso onde a contabilidade promete ser um divisor, ela afirma: "Não acho que ser contadora seja um diferencial, pois a base aprendida na faculdade é bem diferente do que é cobrado nos concursos. O que vai contar é o empenho nos estudos". Ela afirma que as provas da Esaf cobram conhecimento e velocidade. "O candidato tem que saber e saber logo ou filtrar logo as questões que não terá tempo para resolver", aconselha.