Em visita ao Seridó no último final de semana, quando participou de homenagens ao ex-deputado estadual Ulisses Potiguar, na cidade de Parelhas, a senadora Rosalba Ciarlini (DEM) admitiu pela primeira vez que será candidata ao Governo do Rio Grande do Norte.Em entrevistas a veículos de comunicação seridoenses, ela disse que tem sentido nas ruas o sentimento popular em favor de seu projeto político. "Eu acho que será mais um desafio colocado diante de mim e que nós não poderemos fugir a nenhum desafio, principalmente quando o chamamento vem do povo", afirmou.
A senadora aproveitou a viagem ao Seridó para afagar o deputado federal João Maia, presidente estadual do PR, que também sonha disputar o Governo do Estado. Rosalba quer ter o republicano como vice. "João Maia é um homem que nós respeitamos, pelo seu trabalho. Um político que se projetou pelas ações realizadas como secretário, por toda uma história de vida de trabalho, de ação e de respeito e que representa muito bem sua região do Seridó. Quanto mais pudermos continuar, como já estamos fazendo em Brasília, defendendo várias ações em conjunto para trazermos mais recursos. E se permanecermos unidos, vamos fazer muito mais", sugeriu.
AGRIPINO
Quem também deu sinal positivo à candidatura de Rosalba pela primeira vez foi o senador José Agripino, presidente do diretório estadual do DEM. Em entrevista à uma emissora de TV natalense, ele evitou responder que a candidatura da senadora é a prioridade do partido, mas reconheceu que a candidatura dela é inevitável. "O DEM só terá um candidato que represente o clamor popular. Que seja convocado pelo povo para qualquer disputa. Não vamos impor ninguém. O fato é que a candidatura de Rosalba está sendo construída nas bases e conta com simpatia popular", argumentou.
João Maia critica denúncias e mantém pré-candidatura
O deputado federal João Maia (PR) afirmou também a veículos de comunicação do Seridó que seu projeto de disputar o Governo do Estado em 2010 está mantido mesmo com as denúncias feitas pela imprensa do eixo Rio/São Paulo/Brasília.
O deputado disse que não há motivo para que seu projeto político seja alterado. "É o mesmo projeto. Não é possível, se eu não sou culpado de nada, se eu esclareço tudo, se por tão pouco eu sou capaz de desistir de um projeto dessa magnitude, então é porque eu não estaria preparado pra esse projeto", concluiu.
O parlamentar também aproveitou a visita à sua região de origem para desqualificar a acusação de sonegação fiscal veiculada na imprensa. "Eu acho que uma questão é o meu irmão, e outra é a minha. No meu caso, foi feita uma denúncia numa revista, que não teve repercussão alguma fora dela. Uma matéria, que não vou julgar, sobre duas questões já respondidas por mim. A questão do avião, com todo respeito, era patética. Eu sou economista, sou empresário. Como é que eu compro um avião, tiro o dinheiro da minha conta bancária, compro de uma empresa, deposito na conta bancária da empresa, recebo a nota fiscal, e como vou esconder esse avião? Já viu alguém comprar um produto com nota fiscal de uma empresa e esconder? Esconder pra quê? Esse avião é conhecido em todo o Rio Grande do Norte. É meu primeiro mandato. Eu vi isso como uma tentativa de igualar, naquele jogo de que todo político é igual. Mas é uma matéria tão sem consistência. Eu estou com a consciência tranquila", disse.
