Se você acha que não é capaz, preste atenção! "As pessoas dizem que quando vejo um abismo é que eu quero mesmo saltar. Só que para atravessá-lo". Assim é Vagner Oliveira de Paula, 27 anos, funcionário concursado da Caixa Econômica há sete anos e acadêmico de Direito, um exemplo de superação, para quem os desafios e adversidades da vida são transformadas em oportunidades. Entre concorrências por vagas em órgãos públicos, vestibulares e outras seleções, ele já foi aprovado em 11 concursos. Tudo isso debaixo de muita dificuldade, tanto que a inscrição do primeiro foi pago com a renda de um jogo de bilocas. Ele diz que não é inteligente. "Sou muito esforçado. Leio toda a matéria duas ou três vezes". Esforço, aliás, é algo sobre o que ele tem "autoridade" para falar. Fez concurso para recenseador e supervisor do IBGE e foi aprovado nos dois. Enquanto trabalhava no interior, mais estudos, dessa vez para o vestibular de engenharia elétrica da UFRN, em que foi aprovado. De volta a Natal, fez bicos, dava aulas, foi garçom, fez sanduíches. "Por semanas almoçava apenas miojo". Continuou estudando para concursos. Caixa Econômica, Banco do Brasil, Guarda Municipal, Correios, Fuzileiro Naval, Marinheiro - passou em todos. Isso mesmo. Todos. Sempre com boas colocações. Até que foi convocado pela Caixa. Trabalhou no Alecrim, depois foi transferido para a Zona Norte, onde dividiu uma casa com quatro colegas, onde cabiam dois. O trabalho começou a conflitar com os estudos. A gota d´água foi perder uma prova para a qual havia estudado durante duas semanas. Decidiu que precisava fazer outro curso. O episódio foi em meados de junho, as inscrições da UFRN estavam abertas e ele fez a matrícula para o curso de direito. "Continuei cursando engenharia, trabalhando e estudando para o vestibular, mas dessa vez não acreditava que iria passar". Passou. Suas próximas metas são os concursos da Polícia Federal, de agente, escrivão e delegado. Antes, prestou concurso para o TRF e para delegado civil. "Bati na trave. No TRF, acertei 95% da prova, mas a concorrência foi terrível. Para delegado, por uma questão não fiquei entre os 340 chamados dos 10 mil inscritos". Dicas de um vencedor - Seja disciplinado "Quando estou estudando, me desligo do mundo. A primeira fonte de um possível sucesso é estudar com rigor, religiosamente". - Valorize o que você aprende "Minha maior qualidade não são minhas notas, mas o conhecimento que trago das matérias anteriores, algo que muitos não têm". - Revise "Nas férias escolho sempre três ou quatro máterias para estudar. Duas já vistas e outras que eu ainda vou ver no semestre". - Divirta-se "O excesso de estudo, ou seja, estudar sem lazer, só traz prejuízos. Sempre estabeleço metas que possam ser cumpridas, já que tenho que me desdobrar entre os estudos, a faculdade e o trabalho. Mas o lazer é indispensável".
terça-feira, 28 de julho de 2009
Potiguar aprovado em 11 concursos dá exemplo de disciplina
Se você acha que não é capaz, preste atenção! "As pessoas dizem que quando vejo um abismo é que eu quero mesmo saltar. Só que para atravessá-lo". Assim é Vagner Oliveira de Paula, 27 anos, funcionário concursado da Caixa Econômica há sete anos e acadêmico de Direito, um exemplo de superação, para quem os desafios e adversidades da vida são transformadas em oportunidades. Entre concorrências por vagas em órgãos públicos, vestibulares e outras seleções, ele já foi aprovado em 11 concursos. Tudo isso debaixo de muita dificuldade, tanto que a inscrição do primeiro foi pago com a renda de um jogo de bilocas. Ele diz que não é inteligente. "Sou muito esforçado. Leio toda a matéria duas ou três vezes". Esforço, aliás, é algo sobre o que ele tem "autoridade" para falar. Fez concurso para recenseador e supervisor do IBGE e foi aprovado nos dois. Enquanto trabalhava no interior, mais estudos, dessa vez para o vestibular de engenharia elétrica da UFRN, em que foi aprovado. De volta a Natal, fez bicos, dava aulas, foi garçom, fez sanduíches. "Por semanas almoçava apenas miojo". Continuou estudando para concursos. Caixa Econômica, Banco do Brasil, Guarda Municipal, Correios, Fuzileiro Naval, Marinheiro - passou em todos. Isso mesmo. Todos. Sempre com boas colocações. Até que foi convocado pela Caixa. Trabalhou no Alecrim, depois foi transferido para a Zona Norte, onde dividiu uma casa com quatro colegas, onde cabiam dois. O trabalho começou a conflitar com os estudos. A gota d´água foi perder uma prova para a qual havia estudado durante duas semanas. Decidiu que precisava fazer outro curso. O episódio foi em meados de junho, as inscrições da UFRN estavam abertas e ele fez a matrícula para o curso de direito. "Continuei cursando engenharia, trabalhando e estudando para o vestibular, mas dessa vez não acreditava que iria passar". Passou. Suas próximas metas são os concursos da Polícia Federal, de agente, escrivão e delegado. Antes, prestou concurso para o TRF e para delegado civil. "Bati na trave. No TRF, acertei 95% da prova, mas a concorrência foi terrível. Para delegado, por uma questão não fiquei entre os 340 chamados dos 10 mil inscritos". Dicas de um vencedor - Seja disciplinado "Quando estou estudando, me desligo do mundo. A primeira fonte de um possível sucesso é estudar com rigor, religiosamente". - Valorize o que você aprende "Minha maior qualidade não são minhas notas, mas o conhecimento que trago das matérias anteriores, algo que muitos não têm". - Revise "Nas férias escolho sempre três ou quatro máterias para estudar. Duas já vistas e outras que eu ainda vou ver no semestre". - Divirta-se "O excesso de estudo, ou seja, estudar sem lazer, só traz prejuízos. Sempre estabeleço metas que possam ser cumpridas, já que tenho que me desdobrar entre os estudos, a faculdade e o trabalho. Mas o lazer é indispensável".