quinta-feira, 1 de abril de 2010

Haddad defende comissão para discutir implantação do piso nacional dos professores

Ministro Fernando Haddad


O ministro da Educação, Fernando Haddad, sugeriu hoje (1) durante a cerimônia de encerramento da Conferência Nacional de Educação (Conae) uma “mesa de discussão” com governadores, centrais sindicais e prefeitos para acelerar a implantação do piso nacional do magistério. Apesar de ter sido aprovado em 2008, a lei que estabelece uma remuneração mínima de R$ 1.024 para professores da rede pública está sendo questionada por governadores no Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente Lula acatou a ideia e disse que vai chamar prefeitos e governadores para uma conversa. Alguns estados e municípios alegam que não tem verba para pagar o valor estipulado pela lei. Durante seu discurso, Haddad disse ainda que quer fixar uma meta no novo Plano Nacional de Educação (PNE), que está sendo debatido na Conae, para o reajuste do piso nacional ao longo dos próximos dez anos.“Se queremos que a educação seja a prioridade número um do país, temos que contar com os trabalhadores em educação, são eles que vão fazer a mudança”, defendeu. Segundo, Haddad, essa comissão permanente funcionaria da mesma forma que a mesa de discussão sobre o salário mínimo, que foi reivindicada pelas centrais sindicais. “Precisamos da construção de uma mesa permanente de recuperação do piso para que em quatro ou cinco anos a gente tenha orgulho de dizer que a carreira já não perde para as demais”, afirmou . O ministro se comprometeu a encaminhar ao Congresso Nacional todas as diretrizes estabelecidas pela Conae para o próximo Plano Nacional de Educação. “Nos propomos [o MEC] a ser tão somente a correia de transmissão entre o que os delegados eleitos decidirem aqui e o que o Congresso Nacional vai estabelecer no PNE”, disse.


Opinião do Oeste: O Piso Nacional para os professores seria uma esperança de um salário mais justo para aquele que ajudar a formar um país. O PISO que virou TETO, garantia a partir de 1º de Janeiro um salário de R$ 1.024,00 para 30 horas de trabalho. Como alguns governantes são muito "espertos", utilizaram esse valor para uma carga horária de 40 horas por isso pagam um valor proporcional ao estipulado pelo governo federal. Veja um exemplo:
Um professor de magistério deveria receber R$ 1.024,00
Um professor de nível superior R$ 1.024,00 + 40% = R$ 1.433,60.
Esse ano é um ano eleitoral e o puxador do PISO que virou TETO começou pelo Estado de São Paulo que tem um pré-candidato a presidência da República e que a educação está em greve a mais de 60 dias.