A greve dos professores da rede estadual de ensino pode ser encerrada hoje. Uma reunião na tarde de ontem entre a governadora Wilma de Faria e sindicalistas deixou o impasse perto do fim. O governo do Estado apresentou uma proposta bem próxima ao que vem reivindicando os professores do estado e a decisão sobre a continuidade ou não da paralisação será em uma assembleia na tarde de hoje. Na reunião ocorrida na governadoria, Wilma de Faria propôs aos professores um reajuste de 15% para este ano, parcelado em duas vezes. Sendo a primeira parcela, de 7,8%, a ser incluída imediatamente e a segunda (de 7,2%), no segundo semestre. Além disso, seriam implementadas duas comissões: uma para criar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos servidores da Educação e outra para reorganizar o PCCS dos professores. A reunião contou com a presença de uma comissão de integrantes do Sinte (Sindicato dos Trabalhadores da Educação), do secretário Estadual de Administração, Paulo César Medeiros, o de Educação, Otávio Augusto Tavares, além da própria governadora Wilma de Faria. O encontro durou cerca de duas horas e foi o suficiente para que ambas as partes exibissem um semblante de satisfação. A coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso, não quis fazer previsões sobre o fim ou não da greve, mas reconheceu o valor da proposta. “O percentual é bem próximo dos que estávamos pedindo. A diferença é pouca, mas queremos ver aplicado nas tabelas. E aí é que a categoria vai decidir”, disse. A sindicalista se refere à tabelas das letras na qual os professores são classificados gradativamente. O governo ficou de apresentar amanhã o mês em que será paga a segunda parcela do reajuste. “Foi uma boa reunião. Podemos dizer que houve uma aproximação do fim do movimento”, avaliou Fátima Cardoso. O secretário de Estadual de Educação também saiu animado da reunião. “Acredito que o movimento possa acabar amanhã (hoje). A depender do bom senso e da compreensão do que podemos fazer dentro do limite prudencial”, disse. A assembleia do Sinte será às 14h30 de hoje, na Escola Estadual Winston Churchill, em Cidade Alta. Na rede municipal de ensino de Natal não há previsão de solução. Ontem os professores realizaram mais uma assembleia e ratificaram o movimento e a assessoria jurídica do SINTE-RN ficou de apresentar defesa contra o pedido de ilegalidade da greve, feito pela prefeitura na 3ª vara da Fazenda Pública.